domingo, 31 de maio de 2015

Where's the happiness?

Aparentemente era um sábado comum, mais rotineiro impossível. No fim da noite, antes do meu celular se desligar- é programado para tal ato- recebo uma ligação que mexeu profundamente comigo. Qualquer resto de felicidade foi embora naquela troca de palavras. A pessoa do outro lado não me magoou, mas contou fatos que me abalaram.

Depois da ligação lágrimas quiseram despencar em meio ao montante de espinhas, mas o choro estava reprimido. Em seu lugar era o coração que sangrava mais do que de costume. Nesse momento senti como ele não mais se comunicasse com os órgãos e tecidos.

Refleti sobre todos os meus fracassados relacionamentos amorosos que até agora nenhum passou de 180 dias. O que acontece é que tenho sério medo de amar, medo mesmo é de sofrer, daí acabo antes de me envolver verdadeiramente. Ao mesmo tempo que acredito que o amor cura temo que ele me mate ainda mais internamente.

Sei que posso ter deixado passar boas oportunidades, mas preciso primeiro ser curada dos meus traumas. Essa semana mesmo um antigo cliente-colega, ao lhe entregar um perfume, me pediu em casamento. Eu parecia o cão fugindo da cruz, que mal me compare. Deu logo um calafrio e uma vontade de nunca mais ter de me encontrar com aquela criatura.

Há dores que parecem ser infindáveis. Antes pedia uma série de coisas a Deus. Hoje só peço uma coisa: a felicidade. Palavra de cinco sílabas pouco presente em minha curta com cara de longa jornada aqui na terra. Na verdade feliz mesmo eu fui algum dia? Tenho minhas dúvidas! Este é um verdadeiro "vale de lágrimas".

Algumas vezes pergunto a Deus qual a finalidade da minha vida. Para quê sirvo? Não quero perder minha fé, mas que ela vez por outra fraqueja é fato. Quero encontrar uma razão para viver que não seja livresca. Quero rir o riso verdadeiro, sem amarras, sem fingimentos. "Só quero ser feliz e mais nada, nada..."

Nenhum comentário:

Postar um comentário