domingo, 31 de maio de 2015

Capa caída

Dou graças a Deus a mais um domingo que se finda. Heresias minhas a parte, mas ô dia "pesado". Se estou mal fico pior. É o dia em que mais recordo os meus sofrimentos. Se pudesse viajaria sempre para lugares distintos nos domingos.

Mais um dia de capa caída- expressão em espanhol que significa tristeza. Segundo alguns livros, a expressão teve origem em pessoas que perderam o prestígio social e não mais conseguiam manter, por isso, as vestimentas impecáveis. Como recuperar, então, o ânimo? Estou a procura da fórmula.

Hoje, no transporte da volta, um moço jovem pedia dinheiro, pois, segundo ele, a caroça de reciclagem, seu ganha-pão, havia quebrado. Não pude ajudá-lo financeiramente, mas dei uma massagem em seu ego o incentivando a trabalhar como locutor, pois a voz dele era forte e " cheia". O pobre ficou super feliz- creio que o ajudei mais que se tivesse dado dinheiro- e saiu me agradecendo todo sorridente. Fiquei impressionada comigo mesma, pois como posso ajudar o outro se nem tenho força de me erguer?

A vida prega essas peças de colocar pessoas humildes que nos dão um empurrão para acordar. Quem sabe assim eu reaja!

Where's the happiness?

Aparentemente era um sábado comum, mais rotineiro impossível. No fim da noite, antes do meu celular se desligar- é programado para tal ato- recebo uma ligação que mexeu profundamente comigo. Qualquer resto de felicidade foi embora naquela troca de palavras. A pessoa do outro lado não me magoou, mas contou fatos que me abalaram.

Depois da ligação lágrimas quiseram despencar em meio ao montante de espinhas, mas o choro estava reprimido. Em seu lugar era o coração que sangrava mais do que de costume. Nesse momento senti como ele não mais se comunicasse com os órgãos e tecidos.

Refleti sobre todos os meus fracassados relacionamentos amorosos que até agora nenhum passou de 180 dias. O que acontece é que tenho sério medo de amar, medo mesmo é de sofrer, daí acabo antes de me envolver verdadeiramente. Ao mesmo tempo que acredito que o amor cura temo que ele me mate ainda mais internamente.

Sei que posso ter deixado passar boas oportunidades, mas preciso primeiro ser curada dos meus traumas. Essa semana mesmo um antigo cliente-colega, ao lhe entregar um perfume, me pediu em casamento. Eu parecia o cão fugindo da cruz, que mal me compare. Deu logo um calafrio e uma vontade de nunca mais ter de me encontrar com aquela criatura.

Há dores que parecem ser infindáveis. Antes pedia uma série de coisas a Deus. Hoje só peço uma coisa: a felicidade. Palavra de cinco sílabas pouco presente em minha curta com cara de longa jornada aqui na terra. Na verdade feliz mesmo eu fui algum dia? Tenho minhas dúvidas! Este é um verdadeiro "vale de lágrimas".

Algumas vezes pergunto a Deus qual a finalidade da minha vida. Para quê sirvo? Não quero perder minha fé, mas que ela vez por outra fraqueja é fato. Quero encontrar uma razão para viver que não seja livresca. Quero rir o riso verdadeiro, sem amarras, sem fingimentos. "Só quero ser feliz e mais nada, nada..."

sábado, 30 de maio de 2015

Já era hora!

Sabe quando chega o momento em que você se cansa de agradar aos outros? Felizmente essa hora chegou- tarde, mas chegou. Cansei de ser tão besta. Agora vou impor minhas vontades, não vou para os programas planejados pelos outros porque todo mundo vai, mas só irei se realmente me agradar.

Perdi as contas de quantas vezes fui ao show do cover dos Beatles só para ser cool quando na verdade eu queria estar em outro lugar. Não que eu desgoste da música deles, mas também não morro de amores.  Vou firmar meus estilos agradando ou não aos demais, pois agora serei mais eu. Vou utilizar um pouco de egoísmo.

Acho hilário muitas pessoas me criticarem achando “absurdamente absurdo” eu ir ao cinema desacompanhada O.o. Não vejo problema algum, acho até saudável termos momentos só com a gente, precisamos nos curtir um pouco. Quando vou ao cinema, meu intuito principal é assistir ao filme e não fazer motim.

Aconselho a quem puder ter umas saídas dessas livres. Faz super bem à mente. Seja aonde for. Só não recomendo ir só ao restaurante, pois pode dar aquela sensação de vazio. Hoje mesmo encontrei, no percurso da volta, um homenzinho que me fez ficar apaixonada. Ele tinha por volta dos seus três anos, simpático, de um moreno bonito e, pasmem!!! muito mais arrumado que muito marmanjo por aí :P. Ele ficou boa parte do tempo olhando e sorrindo pra mim. Uma gracinha! Só isso já me fez voltar leve pra casa. São detalhes que dificilmente enxergaria se estivesse rodeada de pessoas.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Nota esclarecedora

Gostaria de deixar bem claro o intuito deste blog: liberdade poética.

Ao longo dos meses de abril e maio recebi algumas críticas seja por e-mail, whasapp ou mesmo pessoalmente que magoo as pessoas com algumas palavras. Quero novamente explicar que esses escritos misturam realidade e fantasia e quando eu utilizo nomes são criados ao aleatório.

Vamos ser sensatos, por favor!

Regalo

Eu deveria conter mais minhas emoções, mas um dia eu consigo! Tenho uma mania séria de gostar de comprar roupas e acessórios. Se pudesse teria infindáveis-olha que já tenho- roupas, sapatos, bijus...

Só a título de curiosidade, possuo mais de 50 batons ( 50 tons rsrs de rosa a roxo) em minha coleção- todos bem usados, nada encalhado (sou batonicida).

Há pouco, fui presenteada com uma linda, estupenda bolsa artesanal. O maravilhoso é que ela é única! Quem é a artesã das artesãs? Com todo orgulho posso dizer babando: minha mamis poderosa.

Segue abaixo a foto da belezura, mas nada se compara de vê-las pessoalmente ( plural proposital representando a artesã e a bolsa kkk). Vai chover de cópias, era uma vez a exclusividade... À noite vou sair e dar uma de madame por aí, afinal hoje é sexta! :D
Beijinhos no coração.

P.S: não sei por que raios essa foto não está carregando! O.o

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Luto

Por essa semana estava desopilando frente a televisão de casa quando me deparei com aquela escuridão. Não havia mais imagens, só restavam vozes. A televisão havia virado rádio. Senti-me como de luto, vestindo-me das cores daquele breu. Foram anos de cumplicidade, aliás, quando eu nasci ela já fazia parte da família.

Quando pequena, em meio a travessuras, derrubei a danada de uma altura considerável, pois ela estava sendo suportada por um pequeno armário. A bichinha apenas ficou com um quase imperceptível arranhão de sequela. Era dotada de uma ótima qualidade em imagem que pra mim não deixa a desejar por nenhuma led, lod ou lud...

Fabricada no tempo em que não havia essa febril obsolescência programada, ela nunva, até então, precisou de qualquer conserto. Sua marca, já inexistente, vai ficar pra sempre em minha memória. Era filha única da casa.

Ela ainda está por aqui e já estou sofrendo de saudade. O tubo imenso toma conta de boa parte da sala. Ela chamava atenção de quem chegava, principalmente quando se fazia a mudança dos dois únicos canais que ela transmitia, pois era feito por meio do giro de um ruidoso botão que estalava mais do que meus ossos reunidos kkk

Vou ter que praticar o desapego- tenho um problema sério com isso, seja para coisas ou pessoas- e comprar logo uma TV top de linha que espero durar até a próxima geração (sonha Alice!). Providenciarei o cortejo fúnebre para quando ela for retirada desta residência. Ela merecerá todas as pompas e venhas por ter compartilhado tantos momentos. Vai com Deus, amore. Vai desculpando o acidente!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Coração peludo

Eu sou uma eterna apaixonada. As pessoas, muitas vezes, fazem a pergunta certa na esperança de uma resposta equivocada. O questionamento mais frequente é "Você está apaixonada?". Nunca alguém ouvirá um não como resposta, pois a vida se encarrega, mesmo com todas as cruzes, de me encantar. Vivo sempre com as famosas borboletas no estômago. Quando dado o meu sim surge a sequência "Como é o nome dele?". O legal é a surpresa quando respondo: não é ele, mais ela. "Como assim, você mudou de opção sexual?" Um leve sorriso brota e respondo: o nome do meu amor é VIDA, visto que ela me faz ter vontade de experimentar cada novo dia, de me encantar com pequenas coisas, de me surpreender. "Ahhhh, legal".

Há pessoas que passam pela vida sem vivê-la, pois estão com o coração peludo, espinhoso. O ódio é o general maior do cotidiano. Essas sempre só estão apaixonadas quando alguém físico demonstra afeto e há um feedback. Nunca se apaixonam quando estão na solidão. Esse coração peludo já se transformou, segundo a psicologia, em uma síndrome. Poderia propor a essa gente uma depilação definitiva kkk. O que acham? Esses pelos escondem as sujeiras interiores e só atrapalham o batimento saudável.

Procuro sempre fazer uma bela faxina no meu coração para que nele só exista espaço para bons fluidos, para que seja iluminado, pois os que estão por perto sentem e isso contagia. Não quero deixar pelos nele.

terça-feira, 26 de maio de 2015

A date

Um encontro amoroso é sempre um vendaval de emoções. Por mais que vocês já se conheçam a algum tempo, a ocasião gera calafrios.

Não posso me inserir no universo masculino, mas creio que a mulher é a que mais sofre. Como é difícil escolher a roupa certa, os acessórios, os sapatos, a make ideal, o perfume, as unhas, o penteado... São tantos detalhes! Queremos estar impecáveis, mais do que nunca.

Os homens são tão simples! Umas calças jeans, uma blusa casual- muitas vezes desbotada- um par de tênis surrado e um perfume sedutor, isso quando querem caprichar. Para eles está de bom tamanho.

As unhas femininas, na véspera e no dia, ficam ainda mais ruídas de tanto nervosismo. O tentar agradar o outro é uma arte.

É tão delicioso quando o homem elogia os esforços reparando na mulher. Muito gratificante! O ruim é quando o sujeito já vem com uma crítica "você não deveria usar isso ou aquilo"... Vontade de voar dali e nunca mais voltar a ver essa criatura.

Ao final, muitas vezes, cada um segue seu caminho e nem mais volta a vivenciar essa gama de sensações, mas outros dão super certo, partem para um namoro sério.

Podem vir encontros e mais encontros, mas meu coração vai para mais um deles com a mesma sensação do primeiro. É cruzar os dedos e pedir que venha o melhor, que vá para bem longe o ruim e que fique só na amizade o mediano. Boa sorte e espontaneidade são fundamentais.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

A pele do cu

Resolvi ler algumas coisinhas em francês, pois sem a prática o esquecimento é inevitável. Meu francês, por sinal, está completamente enferrujado, nem lembrava mais a simples pronúncia do número 600. Fiquei apavorada com isso, pois deu tanto trabalho aprender!

Em meio a leituras me lembrei de uma aula da faculdade em que os alunos, conduzidos pela professora, discutiam os sobre expressões típicas de cada língua. Falávamos sobre a expressão para designar algo de preço exorbitante. Sugerimos então a conhecida "custar os olhos da cara". Daí veio a variante hispânica, mais comedida, "un ojo de la cara", ou seja, não necessita do exagero de ficar sem olho. Mas o curioso mesmo foi a expressão francesa- a desbocada, como a Maria I de Portugal, a "louca"- que diz "ça coûte la peau du cul", traduzindo...custa a pele do cu. Os mais " puros " falam que tudo custou a pele do bumbum. Já pensou falar isso por aí? Cada país com suas peculiaridades.

Mostrar-se

Acordei com os olhos de fogo. Ardiam como brasas e se assemelhavam aos de zumbis. Nada de água para lacrimejar, estavam secos (esturricados), como o interior nordestino. As inúmeras e intermináveis lágrimas do dia anterior se encarregaram de ressecá-los. Chorei tanto que nada sobrou para hoje. Ontem foi um dia de variadas emoções, pois chorei de alegria, de tristeza, de saudade, de alívio, ou seja, fui bastante eclética nas emoções.

Antes me orgulhava de não chorar, achava sinônimo de fortaleza. Atualmente nem ligo mais, se me der vontade choro mesmo, independentemente de quem estiver por perto. As pessoas que estão próximas se preocupam ao verem as lágrimas rolarem , mas o choro é necessário. Muitas vezes, choramos de saudade de algo, isso é saudável. Não devemos ter vergonha de expressar os sentimentos, mas a sociedade insiste em maquiá-los. Não temos obrigação alguma de sorrir constantemente, nem de postar somente coisas boas, o que agrada aos olhos de quem vê, pois criou-se o estigma de que só o belo interessa. O triste incomoda, foge aos preceitos da "boa convivência".

Não estou fazendo apologia à tristeza, mas digo que ela também é um tempero necessário à vida. Também não se pode viver só de tristeza, mas há pessoas que a elege como a comissão de frente da procissão pessoal. É chato ter que aturar quem só reclama, quem só enxerga a parte faltosa do copo com água.

Vamos usar as lágrimas para viver, pois é cientificamente comprovado que chorar faz bem ao coração. Podemos esconder certas desilusões, mas aprisionar todas e jogar a chave fora é insensatez. Deixem fluir, pois elas escapam naturalmente.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Dia de bênçãos

Hoje acordei cheia de esperanças, o céu parece mais iluminado do que de costume, além de ser maio é dia 13, dia da primeira aparição de Nossa Senhora as três abençoadas crianças Lúcia, Francisco e Jacinta na Cova da Iria. Fico imaginando como eu reagiria se estivesse no lugar desses pequenos vendo essa mulher tão cheia de graça, tão iluminada. Fátima deve hoje celebrar uma grande festa. Espero, em breve, poder visitar essa cidade.

Fortaleza também está bastante movimentada, principalmente, as cercanias das avenidas 13 de Maio e Pontes Vieira. A Igreja de Fátima oferece uma gama de horários para que todos possam participar da linda celebração. Além dessa igreja, várias outras incluíram novos horários para atender a demanda de fieis.

Estou com uma lista de graças de que preciso com certa urgência. Minha Mãe do céu, intercede ao Pai por mim! Vou à missa rezar com fervor, de joelhos fletidos, em um sinal de quão pequena sou diante das graças que meus Pais podem jorrar sobre mim e sobre a humanidade. Também estão inclusos na lista umas pessoinhas que conviveram e que ainda convivem comigo. Umas delas precisam de muuuuuita oração para se converterem, largarem o sentido no mundo material e aproveitarem das maravilhosas graças divinas. Outras não saem um dia sequer dos meus pedidos.

Sou teimosa naquilo que quero. Bato incansavelmente na porta do Pai, ultimamente estou batendo tão forte que tenho medo de derrubar. Às vezes, confesso, que sou petulante e digo que eles estão dormindo ou que se esqueceram de mim, mas sei que eles não ficam chateados, pois sabem que falo isso num momento de maior angústia, afinal até Jesus disse "Pai, por que me abandonaste?" imagine eu então.

Vou lá entregar minha cartinha à Mãe como fiz quando o padre Marcelo Rossi veio à Fortaleza, mas a diferença é que hoje a Mãe verá meus pedidos, o que não tive certeza quanto ao destino da minha missiva ao sacerdote, pois entreguei em mãos de terceiros. Vou, como diz a música das seis horas, pedir "força e coragem para carregar a cruz".

domingo, 10 de maio de 2015

Mamis Poderosa

Hoje é um dia que só tenho que agradecer a Deus, pois Ele me concedeu o presente dos presentes: minha mãe. Pense numa mulher de fibra, nunca vi tanta fortaleza em uma só pessoa. É uma mulher guerreira e de uma só palavra. Não reclama da vida e pra dizer que está doente só se for problema grave, pois moleza está fora de cogitação. São anos de convivência, mas a cada dia me encanto mais por ela. É um incansável aprendizado diário, também não se cansa de aprender. É uma traça de biblioteca, sempre em busca de se atualizar. Tem um poder fantástico de argumentação que deixa o melhor advogado no chinelo. É uma sabedoria sem igual.

A mãe sempre tem a palavra certa para me fornecer, é a minha conselheira-mor. Quando ela diz pra eu não fazer uma coisa e eu desobedeço é decepção na certa, pois eu não consigo visualizar os horizontes que para ela são óbvios. Tenho minhas dúvidas se eu chegar a ser mãe se saberei aconselhar tão bem quanto ela.

Tenho certeza de que não sou uma boa filha, pois ainda não a presenteei com algumas coisas que ela mais tem esperado, mas peço sempre a Deus que me ilumine para que eu possa lutar e conseguir, visto que quero oferecer uma vida de rainha pra essa mulher de rosa e de aço que já sofreu tanto na vida.

Se não fosse por ela ao meu lado já teria feito inúmeras besteiras na vida, pois minha ingenuidade é gritante em muitos momentos. A vida também não seria tão colorida. É bom acordar de manhã e dar aquele pulo na cama da minha lora e enchê-la de beijos e beliscões, pois o nosso amor é selvagem. Os chingamentos carinhosos, os tapas de amor, os sonhos compartilhados, tudo não tem preço.

Quem disse que a nossa vida é um mar de flores? A gente tem muito "arranca rabo".  Eu, às vezes, explodo e nós brigamos, ficamos sem nos falarmos por algumas horas, mas o amor impera. Pedimos desculpas, nos beijamos e voltamos à paz da convivência. É impossível o dia a dia com uma pessoa sem que haja conflitos, mas quando se ama tudo é rapidamente resolvido., não há espaço para mágoas.

Admiro o olhar clínico que ela tem. Às vezes, só pela foto, ela já me fornece a personalidade da pessoa. Uma cara para namorar comigo tem que primeiro cortejá-la. Não tem a mínima possibilidade de um relacionamento dar certo se o genro não gostar da sogra e vice versa, pois somos a casa e o botão.

Espero, sinceramente, que no próximo Dia das Mães eu possa já ter dado o presente que ela tanto sonha. Que Deus dê muita paz, saúde e felicidade a essa pessoa de coração tão lindo. Além do interior maravilhoso ela é uma gata, é detentora de uma beleza exterior sem igual. Quando ela se produz deixa muito coroa suspirando. Essa minha mamis é mesmo poderosa. Amo por demais essa criatura.

sábado, 9 de maio de 2015

Uma longa jornada

Hoje, como um bom fim de semana que se preze, foi dia de frequentar o cinema. Desta vez a pedida foi um filme romântico. Nem esperava assistir a tal gênero e nem sabia da existência dele, escolhi porque o título e o cartaz me agradaram. O filme é homônimo ao título da postagem.

Fui surpreendida com duas horas de pura emoção pelo cruzamento de duas histórias de amor e suas dificuldades. De cara me encantei com o personagem principal, um cowboy másculo, boa pinta e com seus princípios.

Ao primeiro encontro- eventual- dele e de Sofia já me encantei, pois ela se oferece para pagar a bebida, mas ele diz que de onde ele veio o costume de pagar a conta cabia ao homem. Ainda existem cavalheiros! Tantos homens precisariam ver e seguir isso! Fui ao céu e voltei com todas as demais atitudes desse personagem.

A longa jornada que enfrentamos na vida às vezes nos fazem desistir de quem amamos, dos nossos ideais. Esse filme é uma lição de ânimo. Obrigada Deus pela oportunidade de poder frequentar essa sétima arte tão deliciosa.

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Memories

Nossa, estou bestificada de como ando ultra sensível neste mês mariano! Entrei no shopping Del Paseo com lágrima nos olhos, um aperto no peito e a mente eivada de recordações. A primeira "coisa" foi ver a mesma configuração de mesas e cadeiras daquele dia- que quase não vingava- no restaurante Sal e Brasa. Ainda hoje me pesa a consciência lembrar quantas e quantas fatias de pizzas eu devorei. Nesse dia ninguém ganhava de mim, pois minha fome parecia de dias a fio de jejum.

Um fato curioso foi a tal da pergunta ao garçom se pepperoni era de porco. Ele simplesmente respondeu que pepperoni era pepperoni kkkk caí na gargalhada, claro. Ainda sinto nos lábios o sabor do cargo chefe do rodízio: a pizza de chocolate com uma generosa bola de sorvete de creme. Foi um dinheiro muito bem investido. Faria tudo de novo e de novoooo.

Penso que o garçom quase nos convidou, faltou pouco, para nos retirarmos, pois pense numa dupla comedora. Diretamente da seca para as finesses da aldeota. Nessa noite não sei como consegui dormir de tão empachada. Acho que fiquei diabética por um dia, pois a mais repetida foi a massa doce. Culpa de ela ser irresistível.

Recordei do elevador- cheio de bossa- representando um país em cada andar, com especial destaque para Santiago de Compostela. Antes, reparei que mesmo com meu salto gigantesco ainda ficava mais baixa que o acompanhante. Isso é um charme, lógico. Isso parece muito com a minha avó que só falava em um homem alto, um que atingisse as prateleiras mais altas sem dificuldade rsrs. Acordei-me até da blusa verde de mangas compridas que com tanta dificuldade escolhi apesar de homem não reparar muito nos detalhes.

O que minha mente escapou era se naquele dia ainda estava namorando o rapaz que foi morar/estudar pras bandas do sul. O que tenho certeza era de que, apesar de gostar dele, não estava satisfeita com o namoro à distância e precisava desopilar. Só sei que alugava os ouvidos de quem estava por perto com minhas lamúrias. Como fui chata! Outra lembrança foi de outra volta ao Del Paseo para o cine, no qual fui conferir um filme que me fez soluçar de tanto chorar e borrar toda a make: “A culpa é das estrelas”.

Hoje revivi todos esses momentos, mas meu sentimento não foi de tristeza e sim de felicidade. Afinal, recordar é viver. Minha vida é tão densa de memórias que, vez por outra, gosto de pensar, até mesmo, de falar alto com Deus, pois Ele foi o único que viveu comigo todos os momentos.


É impressionante como lugares, palavras e coisas são facilmente associados a pessoas. Eu, pelo menos, sou muito de fazer essa lincagem. Não me esqueço dos pequenos acontecimentos com facilidade. Minha mente parece, às vezes, um disco furado. Passei também pelo tão falado Café Pagliuca, bateu uma curiosidade de entrar, mas bravamente resisti. Ele ficou só no boca a boca das informações de terceiros. Fiquei com a recordação do tango argentino que esperava reviver numa noite dessas. Vou voltando para casa deixando um pouco da minha história e das minhas memórias em mais um recanto dessa Fortaleza.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Piafando ou pifando?

Estava me lembrando de como as palavras têm poder. Sempre que eu digo algo- desejando de verdade- acontece. Uma delas- já que se aproxima meu mês favorito, o mês do meu níver, é claro- foi a tão esperada ida ao famoso restaurante francês "Piaf" (eles deveriam me pagar comissão por fazer tanta propaganda). Há tempos, coloquei na cabeça que um homem que gostasse de mim me levaria para um jantar romântico como "prova de amor". Isso surgiu das propagandas ouvidas nas magrugadas em uma rádio de músicas românticas de minha preferência. Àquela voz encantadora e sensual anunciando como um jantar a dois no Piaf seria maravilhoso me fez criar toda uma história de sedução envolvendo esse restaurante.

Muitas pessoas me criticavam dizendo que esse meu desejo não iria se realizar, outras me julgavam interesseira, mas, na verdade, era uma experiência que eu gostaria de ter. Todo mundo sonha em conquistar algo, em conhecer um lugar diferente com o amado e a minha vontade era de comer no Piaf.

Lembro como se fosse hoje, com todos os detalhes. Era dia 14 de junho, o sábado seguinte ao dia dos namorados quando fui surpreendida com a maravilhosa surpresa da ida ao tão esperado e comentado restaurante francês. Quase não acreditei, fui princesa por algumas horas, sem que o encanto se acabasse à meia-noite. O lugar, realmente era especial e o tratamento VIP mesmo. O engraçado foi, ao recebermos o cardápio,, tentar adivinhar em que "consistia" cada prato, pois os nomes eram estrangeiros e cheios de guarnições "invocadas", como a batata ao murro kkk que, por sinal, saiu do prato literalmente para o meu queixo num momento de pura empolgação de despedida de um dia tão tão mais tão especial aiaiaiaia

Observávamos os demais clientes, o povo chique nato, para não pagar maiores micos, mas eram tantos detalhes! O guardanapo grande todo ornamentado que duvidamos se seria mais sensato colocar sobre as pernas ou deixá-lo ao lado da mesa, sem contar a louca "sugestão" de colocá-lo como um babador (essa foi péssima rsrsr); a faca exótica que não sabíamos se era para cortar ou somente para "juntar" a comida...

Comemos dois pratos, pois pobre gosta mesmo é de se "amostrar" kkk. O primeiro foi um peixe delicioso acompanhado de brócolis, por sinal, o melhor que já comi ever and ever e olha que não gosto de verdura, mas tudo era tão caro que resolvi provar para não desperdiçar nada. O segundo, foi uma picanha com batatas ao murro e um molho sublime de arrancar suspiros. Tivemos até a cara de pau de perguntar ao garçom os ingredientes utilizados  e como fazia , pois era simplesmente divino. Sem contar com a garoazinha que ainda romantizou mais a noite.

Fomos embora de lá fisicamente, mas esses momentos para sempre virão comigo. Tive pena na hora de pagar a conta, pois o prejuízo que deixei levou a parte a falência! No dia em que ganhar uma boa grana é certeza de que volto para lá. A comida e o atendimento são impecáveis. Agora já estou pensando nos próximos restaurantes desejados: Lô e Boi Negro (só aceito o do Meireles rsrrs). Meu espírito sonhador nunca se cansa de inovar!!!

domingo, 3 de maio de 2015

Quem bebe repete

Sábado à tarde resolvi fazer uma visita a uma amiga das antigas. A mãe dela, super gente fina, foi logo me convidando para um cafezinho. Como sou "boa boca" comi com gosto. Dona Ana sabe cozinhar muito bem, por sinal. Após a troca de boas conversas tive que ir, pois a televisão centenária de casa resolveu " pifar", também a póbi é do tempo que minha avó era solteira. Só pegava dois canais e a mudança entre eles se dava por um barulhento botão de giro que assustava a qualquer vivente. A mamis quase chora quando ela parou, pois já são décadas de fiel companhia.

Saí em direção ao North Shopping, o tradicional. Para a minha surpresa, todas as lojas não tinham a televisão que procurava. Resolvi dar uma volta para ver o que havia de interessante para merendar. Voltas e voltas e só me deparei com as mesmas guloseimas dos demais centros comerciais. Eu estava com fome do diferente. Queria um salgado bonito, quentinho e em conta. Tudo alí estava muito caro e frio. Lembrei-me do riozinho das antigas que vende deliciosos salgados nas cercanias. Há anos sou cliente fiel e sempre indico. Seu Araújo e sua simpatia rotineira me conquistaram.

Esperei, no deserto da Humberto Monte, pelo ônibus. Estava só na parada na boca da noite do sábado. Graças a Deus logo depois chegou uma moça, também um pouco apavorada com o abandono da avenida. Olhávamos de um lado para o outro na ânsia de ver o transporte esperado quando um homem atravessa a pista e vem em nossa direção. Nós, assustadas, claro, fomos para a lateral da parada, fora do alcance dos olhares do desconhecido. Carros e carros passavam e olhavam para nós. Depois de um tempo a " ficha caiu "  e demos gargalhadas, pois estávamos sozinhas em frente a um motel. Como pegou mal! Os motoristas que passaram deviam ter pensado que éramos garotas de programa. Comentam os como era triste ser pobre kkkkk e ter que se submeter  a uma situação dessas.

Estava nessa parada, pois estava desejando saborear o canudinho de vatapá do seu Araújo, mas depois da vergonha da espera de frente ao motel resolvi mesmo voltar pra casa. Volteu desconsolada sem meu salgado. Para aliviar a dor parei na bodega do seu Zé para comprar o mitológico e quase em extinção refri grapette. Ahhhh pelo menos isso de bom!!! Dei logo uma golada de gosto nessa maravilha líquida. Duvido encontrar uma riqueza dessas num shopping! Gosto mesmo é do seu Zé que não deixa faltar as coisas boas da vida.