terça-feira, 28 de abril de 2015

Você

Amar uma pessoa é algo tão sublime que não dá para mensurar. Nessa minha vida amorosa já namorei pra valer uns pares de vezes, mas somente por um senti o que é o verdadeiro significado de amar. Cada encontro era tão esperado, era angustiante o dia em que não nos víamos, marcava no calendário o próximo feriado com o marca texto mais escandaloso. Como nós nos divertimos! Como compartilhamos besteiras e coisas de casal apaixonado! Tínhamos traçado um projeto de vida de ficarmos juntos para sempre, com direito a concursos, viagens, filhos e tudo. Eu estava cega mesmo de amor que não ouvia nenhum conselho, ultrapassei algumas regras, lutei por nós.

Eu o quis de forma intensa e verdadeira, um sentimento puro. De todos os exs sempre tinha algo para desgostar, mas com você foi diferente. Qualquer programação ao seu lado era interessante, mas você, pelo destino, saiu bruscamente da minha vida. Foi como se tivessem arrancado parte do meu coração, foi um luto muito pesado. Por que a vida é tão ingrata? Por que não nos deixa com a pessoa que mais amamos? Ou melhor, como os sábios nos ensinam, para quê? Eu tenho a impressão de que eu amei você antes mesmo de você me amar. No primeiro encontro já me encantei, apesar de eu ter ficado um tanto na minha, mas guardei- comigo e ninguém mais- esse sentimento, até que tudo fluísse entre nós.

Nunca imaginei que essa perda fosse tão difícil de superar! Já namorei outros caras, de forma efêmera, mas tudo me faz lembrar de você. Faço comparações mentais "fulano não era assim, não fazia assim, não me traria para esse local..." e acho que, no íntimo, os outros sentem logo a rejeição e o ciúme do outro que não mais existe fisicamente ao meu lado.

Nem no beijar com outras bocas sinto prazer. Será que isso é uma espécie de bloqueio? Teve até um que namorei que não sentia absolutamente nada ao beijar, parecia que meus lábios estavam tocando o vácuo. É uma sensação terrível. Será que isso é por falta de química ou ainda a forte impressão que você deixou em meus lábios que ainda ninguém superou ou mesmo se igualou? Tentei levar à frente o relacionamento na esperança daquela situação se reverter, mas era torturante para mim continuar. Coloquei outro ponto final. Isso aconteceu porque só beijei quando a pessoa me pediu em namoro, pensei que a sensação estranha fosse devido ao nervosismo, mas se repetia a cada nova demonstração de afeto e me deu vergonha de terminar na mesma hora.

Antes do destino nos separar, a vida nos proporcionou deliciosos meses de convivência. Eu aprendi tanto! Eu, verdadeiramente, como nunca, me doei nessa relação. Me entreguei tanto que descuidava de mim para zelar por você, pois achava que você precisava de cuidados especiais, você era forte e frágil ao mesmo tempo, era meu bebê lindo e amado, por isso, estava sempre em alerta. O engraçado era que entre nós nunca faltava assunto. Sempre ao telefone ou pela net tínhamos muito o que conversar e partilhar. Com os outros não, fica sempre aquele silêncio sepulcral, dois mudos, cada um no seu lado da linha. Até o uso exacerbado de emoticons eu analisava como reflexo da falta do que falar, da sintonia do casal.

Entre nós não existia ciúme, pois um confiava no outro. Éramos grudados mantendo certa distância, se é que dá para entender. Você sempre adivinhava meus pensamentos, satisfazia meus muitos caprichos, sabia sempre pedir um perdão, ou melhor, inúmeros rsrs pelos deslizes cometidos.

Eu peço a Deus para que eu possa amar novamente para poder reativar esse sentimento tão nobre em meu peito. Quero encontrar uma pessoa que me faça tão feliz como você me fez. Você, que está agora mais perto do Pai, intercede por mim, pede pela minha felicidade! Pede para Ele colocar um homem de Deus em minha vida para eu religar o amor que está trancafiado dentro de mim, pois esse sentimento ficará inacessível até o grande amor aparecer. Não deixa ele morrer aprisionado, por favor!

Da sua eterna amada.


quinta-feira, 9 de abril de 2015

Vou de bike, cê sabe

Hoje o dia foi hilário. Saí, como de costume, para as minhas vendas de pães, roscas de queijo e brownies e, no fim das vendas, deveria pegar, como de costume,  o ônibus para voltar para casa mas hoje bastante fisgada pela estação de bicicletas. Aquelas fileiras verdinhas me tentaram, fiquei namorando mesmo. Resultado? Não resisti! Abandonei a ideia de voltar de G.O.L (garantia de ônibus lotado) e coloquei meu bilhete único para liberar a bike, visto que já tinha feito o cadastro prévio pelo site. Fiquei mesmo que criança com o doce nas mãos. Foi liberada a bike de número seis. Soltei-a com o desespero da ânsia de sair pedalando por aí afora.

Após tê-la em minha posse me deu um frio na barriga. Será que eu ainda me lembrava de como era andar? Fui logo me arriscar pelo centro da cidade! Prontinho, tinha mais jeito não. Era ser corajosa e ir em frente, mas de olho no retrovisor. Senti falta da buzina, mas também estou exigente demais rsrs. Fui pedalando nas ruas mais movimentadas e num horário de muito movimento, mas como gosto de aventura, foi uma ótima pedida. O coração estava super acelerado, parece que estava indo ao primeiro encontro, mas deu tudo certo. Pulei bastante, pois os buracos de Fortaleza estão que estão e como andava em alta velocidade quase me senti arremessada ao chão. Senti a necessidade mais do que urgente de adquirir um capacete.

É legal a visão feminina pelas ruas de Fortaleza. Como nós sofremos por aí! Parece que todos param para nos dar pitacos. Um dizia "cuidado, princesinha", outro "amor, vai devagar", dentre muitas outras conversas sem resposta "gatinha, ai eu nessa cestinha!", "ô mulher para andar rápido, vai com calma que você chega lá", "olha a garotinha unimed passando", "a bichinha num é corajosa!"... Mulher no comando ainda é alvo de muito preconceito!

A blusa branca já estava quase transparente de tanto suar, pois esse exercício perde umas boas calorias e ainda economiza no dinheiro que era para ser utilizado no ônibus. Foi uns 40 minutos de aventura. Vinha com a convicção de deixar a bike no Benfica, mas, para minha decepção, todas as vagas estavam desocupadas. Eita povo benficiano sedentário, aff. Fiquei desapontada, depois da longa caminhada aventureira, já chegando ao destino final! A única estação que me veio em mente foi a da Praça da Bandeira (depois uma amiga me revelou- pra minha raiva- que tinha uma na Gentilândia). Deixei em frente à faculdade de Direito voltei andando e para completar começou a chover. Eu passo por cada uma! Próximo passo? Fazer o percurso Benfica- Beira-Mar. Mas dessa vez vou tentar ir acompanhada kkk


terça-feira, 7 de abril de 2015

O baile da vida

No fim de semana fui assistir pela enésima vez o filme Cinderela. Acho que já assisti a todas versões disponíveis. Durante os minutos que me prendem à telona volto a ser criança. Penso que tenho uns seis anos- uma das melhores idades, pois já compreendia as coisas ao meu redor ao mesmo tempo que não visualizava os problemas dos adultos. Nessa época, acreditada verdadeiramente no príncipe encantado. Tão bom!

A história da procura pela dona do sapatinho de cristal ainda hoje me comove. O tempo me fez trocar o desejo do príncipe encantado pelo homem de Deus. Sei que este virá com defeitos, como qualquer outro mortal, mas que as qualidades serão mais significativas. Espero no Senhor um homem que me ame e me admire do jeito que sou, sem críticas bestas e sem julgamentos precipitados. Quero aquele amor verdadeiro que durará até que Deus, por morte, nos separe. Desejo uma família que tenha por base a rocha e não a areia.

Sonho em completar as bodas de diamante com a lucidez de hoje. Andar de mãos dadas pela praia mesmo quando os passos já vierem com a dificuldade inerente dos anos. Acordar e dormir diariamente com um "eu te amo" e "faria tudo novamente". Fazer reuniões aos domingos com a família, num banquete em que o amor impera.

Sei que quando estou me relacionando com uma pessoa que verdadeiramente quero bem me doo por inteiro, não meço esforços para fazê-la feliz. Passo a me preocupar tanto com ela que, muitas vezes, esqueço até de mim. Espero que o homem de Deus escolhido para mim também seja um doador, pois, assim, nosso banco de coleta será eivado de muito companheirismo, amor e respeito.

Fico chateada quando algumas colegas idealizam o homem como lindo, olhos claros, alto...Eu nem ligo para beleza, não é o fundamental. Sempre digo- até minha mãe se assusta- que o homem reservado para mim pode até ser um ogro, contanto que me faça a mulher mais feliz. O que ainda cobro é um senso no vestir, pois eu sempre ando impecável. Andar desleixado seria como me dizer "não estou nem aí para você". As sandálias de borracha (ploc plocs), verdadeiramente, me tiram do sério!

Falando de beleza, lembrei-me de outro filme a que recentemente assisti "Os dois lados do espelho". O protagonista- um professor de matemática- buscava uma mulher que fosse sua companheira- beleza para ele não importava. Identifiquei-me muito com ele nesse aspecto- em todos não! (assistam o filme para saber kkkk). Ele se deu super bem com uma professora de literatura- os dois não se desgrudavam. Ela o ajudou muito no crescimento como pessoa, por exemplo, ela o ensinou a dar aulas de uma maneira que motivasse os alunos, dando exemplos cotidianos para estimular a participação, envolvendo-os, visto que as aulas dele eram monótonas.

É assim que vejo o amor. O outro descobre coisas boas que a gente leva adormecida. O amor é doação, partilha, não basta um só querer. É o sentimento mais nobre que eu conheço. Nunca vou deixar de crer no poder do amor na vida de um ser humano.

domingo, 5 de abril de 2015

Ela sabe das coisas

Deus é a pessoa que tenho mais respeito em minha vida. Tento obedecê-lo e respeitá-lo sempre- na medida que meus pecados permitem. Abaixo Dele há uma pessoa super especial que tem poder sobre mim: minha mamis poderosa. Nossa ligação é além-mar, não somos só mãe e filha, somos melhores amigas, confidentes, parceiras em atividades e gostos.

Às vezes ela é dura comigo, me repreende nas coisas que faço e eu, no momento, fico com raiva, mas o tempo me mostra que ela sempre está certa e que eu não devo questionar. A minha falta de experiência somada a uma boa dose de ingenuidade não me deixam ver algo que a sagacidade dos anos e o dom de mãe conseguem prever.

Com alguns bons anos de convivência a gente aprende muita coisa. Antes eu discutia abertamente os pontos com os quais não concordava. Ficávamos uns dias até sem se falar. Hoje já não tenho o mesmo "gás". Aprendi a aceitar o que a voz da experiência anuncia. Simplesmente me calo, reflito e depois peço desculpa pela incompreensão. Sempre repito: "se a senhora quiser brigar é sozinha, pois não vou discutir com a senhora".

Ela me ensinou todos os bons valores que carrego: generosidade, humildade, paciência, respeito, dentre outros. Por exemplo, me ensinou que meu namoro deve ser cristão. Não um cristianismo fajuto de ir somente a missa e manter relação íntima depois do casamento, mas um namoro comprometido, sério, em que o respeito e paciência são palavras-chaves. O futuro genro deve tratá-la com amor de filho que preza pela mãe, respeitando de coração os horários e as regras da casa sem a petulância do afrontamento. Embora eu possa até questionar com ela o zelo excessivo que tem para comigo, mas eu respeito, sei que ela tem os devidos motivos, que só pensa no melhor para mim.

Meus relacionamentos amorosos, até agora, vêm com uma turbulência, ondas tsunâmicas agregadas. Os caras dizem que se apaixonam violentamente, até falam em amor e em casamento, mas deixam longe o respeito. Eles não têm a noção de o que é o amor verdadeiro. Beijos e "agarros", palavras e presentes não demonstram o afeto, mas a compreensão, o querer ver o bem do outro acima do próprio bem, o carinho e a paciência. Isso é o verdadeiro amor.

Peço, diariamente, que Deus prepare um verdadeiro homem de Deus para mim ou, do contrário, preferirei viver sozinha, pois não suportaria um "amor" egoísta. Ele deve ser um bom filho, pai, genro e marido. Será que é pedir muito?

Não sei, sinceramente, o que os homens se iludem comigo porque eu sou bastante verdadeira. Falo de como será o namoro, da minha conexão forte com minha mãe, das regras e princípios, dos problemas que já enfrentei e enfrento. Não escondo uma vírgula, mas penso que eles se iludem "Ela vai mudar". Ninguém muda ninguém. O que pode haver é uma melhora, mas que já vinha no íntimo da pessoa, só faltava um empurrão.

Que minhas orações cheguem ao céu.E que o mundo com suas críticas não abalem meus princípios. Acredito na generosidade do Pai para com seus filhos pecadores.