terça-feira, 7 de abril de 2015

O baile da vida

No fim de semana fui assistir pela enésima vez o filme Cinderela. Acho que já assisti a todas versões disponíveis. Durante os minutos que me prendem à telona volto a ser criança. Penso que tenho uns seis anos- uma das melhores idades, pois já compreendia as coisas ao meu redor ao mesmo tempo que não visualizava os problemas dos adultos. Nessa época, acreditada verdadeiramente no príncipe encantado. Tão bom!

A história da procura pela dona do sapatinho de cristal ainda hoje me comove. O tempo me fez trocar o desejo do príncipe encantado pelo homem de Deus. Sei que este virá com defeitos, como qualquer outro mortal, mas que as qualidades serão mais significativas. Espero no Senhor um homem que me ame e me admire do jeito que sou, sem críticas bestas e sem julgamentos precipitados. Quero aquele amor verdadeiro que durará até que Deus, por morte, nos separe. Desejo uma família que tenha por base a rocha e não a areia.

Sonho em completar as bodas de diamante com a lucidez de hoje. Andar de mãos dadas pela praia mesmo quando os passos já vierem com a dificuldade inerente dos anos. Acordar e dormir diariamente com um "eu te amo" e "faria tudo novamente". Fazer reuniões aos domingos com a família, num banquete em que o amor impera.

Sei que quando estou me relacionando com uma pessoa que verdadeiramente quero bem me doo por inteiro, não meço esforços para fazê-la feliz. Passo a me preocupar tanto com ela que, muitas vezes, esqueço até de mim. Espero que o homem de Deus escolhido para mim também seja um doador, pois, assim, nosso banco de coleta será eivado de muito companheirismo, amor e respeito.

Fico chateada quando algumas colegas idealizam o homem como lindo, olhos claros, alto...Eu nem ligo para beleza, não é o fundamental. Sempre digo- até minha mãe se assusta- que o homem reservado para mim pode até ser um ogro, contanto que me faça a mulher mais feliz. O que ainda cobro é um senso no vestir, pois eu sempre ando impecável. Andar desleixado seria como me dizer "não estou nem aí para você". As sandálias de borracha (ploc plocs), verdadeiramente, me tiram do sério!

Falando de beleza, lembrei-me de outro filme a que recentemente assisti "Os dois lados do espelho". O protagonista- um professor de matemática- buscava uma mulher que fosse sua companheira- beleza para ele não importava. Identifiquei-me muito com ele nesse aspecto- em todos não! (assistam o filme para saber kkkk). Ele se deu super bem com uma professora de literatura- os dois não se desgrudavam. Ela o ajudou muito no crescimento como pessoa, por exemplo, ela o ensinou a dar aulas de uma maneira que motivasse os alunos, dando exemplos cotidianos para estimular a participação, envolvendo-os, visto que as aulas dele eram monótonas.

É assim que vejo o amor. O outro descobre coisas boas que a gente leva adormecida. O amor é doação, partilha, não basta um só querer. É o sentimento mais nobre que eu conheço. Nunca vou deixar de crer no poder do amor na vida de um ser humano.

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