quarta-feira, 27 de maio de 2015

Coração peludo

Eu sou uma eterna apaixonada. As pessoas, muitas vezes, fazem a pergunta certa na esperança de uma resposta equivocada. O questionamento mais frequente é "Você está apaixonada?". Nunca alguém ouvirá um não como resposta, pois a vida se encarrega, mesmo com todas as cruzes, de me encantar. Vivo sempre com as famosas borboletas no estômago. Quando dado o meu sim surge a sequência "Como é o nome dele?". O legal é a surpresa quando respondo: não é ele, mais ela. "Como assim, você mudou de opção sexual?" Um leve sorriso brota e respondo: o nome do meu amor é VIDA, visto que ela me faz ter vontade de experimentar cada novo dia, de me encantar com pequenas coisas, de me surpreender. "Ahhhh, legal".

Há pessoas que passam pela vida sem vivê-la, pois estão com o coração peludo, espinhoso. O ódio é o general maior do cotidiano. Essas sempre só estão apaixonadas quando alguém físico demonstra afeto e há um feedback. Nunca se apaixonam quando estão na solidão. Esse coração peludo já se transformou, segundo a psicologia, em uma síndrome. Poderia propor a essa gente uma depilação definitiva kkk. O que acham? Esses pelos escondem as sujeiras interiores e só atrapalham o batimento saudável.

Procuro sempre fazer uma bela faxina no meu coração para que nele só exista espaço para bons fluidos, para que seja iluminado, pois os que estão por perto sentem e isso contagia. Não quero deixar pelos nele.

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