quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Mais um ciclo que se fecha

Provas, relatórios, seminários, brigas, desculpas e ansiedade rondam os últimos minutos da minha vida de graduada. É um formar duvidoso em meio às angústias por resultados palpáveis, pois eles estão por sair e os meus nervos a explodir.

Choro e ranger de dentes, cantos das unhas carcomidos e a expectativa pelo canudinho tão sofrido. Isso é apenas um pouco da impactante convulsão de pensamentos de uma futura licenciada.

Documentos vão e vem e a obscura possibilidade de se prestar ao Enade me apavora. Pra sorteio não costumo ter sorte, mas quando se trata de prova vai ver que fui a escolhida... Livra!

O ensaio para "o dia" se aproxima e a beca por alugar me aguarda. Mãe nervosa, padrinho na expectativa e a estudante só divaga. Anos a fio de dedicação e desilusão. O curso não correspondeu aos meus planos. Muita receita de bolo terminou em pizza.

Anotações de aula? Que nada! Só o ouvido a escutar as famosas correntes, os filósofos, as teorias...muitas fotocópias jogadas pelo armário já estão sendo devoradas pelas traças. Gastos quase que perdidos se não fossem pelo trabalho desses insuportáveis seres ávidos por folhas e móveis.

Beijinhos para todos os lados

Sabe aqueles dias em que você nem está com fome, mas procura algo diferente para comer? Estou vivenciando um deles. Meu direcionamento imediato foi para o maior mercantil da minha cercania. Entrei e passei uns bons minutos analisando. Nem pense que me voltei para os departamentos de frutas, verduras, iogurtes ou coisas do tipo saudável. Fui prática: direcionamento para os biscoitos. Peguei uns três tipos bem diferentes, um saco de bombom ahhhh e uns canudinhos recheados de beijinhos. A fila surpreendentemente quase que inexistia. Já sei! Estamos na metade do mês e a galera já está sem grana!

No meio do caminho, decorei uns bombons e quando cheguei a minha casa fui logo abrindo os tais canudos. Comi todos ( não eram muitos), mas, no final do pacote, ficou um aglomerado de "farelos". Estava vendo uns vídeos pela net e para aproveitar tentei " derramar" tudo na boca. Nem conto o estrago! Foi beijinho pra tudo quanto era lado! Parece que tinha mais farelo que biscoito e minha cama ficou toda beijada. Uma vizinha observou a "arrumação" de longe e deu gargalhadas ao perceber que estava tentando tirar os beijinhos da minha roupa. Nunca me senti tão beijada!

Estava até demorando a volta da Tâmara desastrada! Parece que ela estava de férias. Fui correndo pegar a vassoura para limpar tudo, pois se o "plantão limpeza" visse era confusão na certa. Esse segredo só quem sabe é minha vizinha que, claro, é muito discreta.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Grande descoberta

Queria pedir desculpa aos pobres leitores deste projeto de blog pela minha ignorância a respeito das tecnologias. Anos a fio na escrita e justamente hoje descubro que não conseguia inserir os parágrafos nas publicações dos meus textos porque estava meio que utilizando um rascunho. Percorria vários blogs e via tudo tão ajeitadinho e o meu aquele bloco só de palavras e me sentia mal. Não tinha coragem de perguntar a ninguém com medo de ser criticada, mas que bobagem a minha! Muitas pessoas, assim como eu, não tem habilidades tecnológicas. Sei que tenho outras, mas essa, definitivamente não faz parte das minhas "skills". Fazer o quê...só tenho de pedir perdão pela ignorância, mas como sou muito insistente com aquilo que quero sempre descubro, mas da próxima vez pedirei logo ajuda para evitar que "grandes" descobertas como essas sejam apreciadas tão tardiamente. kkkkkk

Da caverna para o mundo

Ainda não consegui me acostumar com o cativeiro! Sou uma pessoa enérgica por natureza, gosto muito de trabalhar e de sair nem que seja para tomar um ar numa praça ou observar as pessoas nos corredores dos grandes centros comerciais. Ultimamente, fora quase dois meses viajando- disso não posso reclamar- meu dia a dia tem sido em casa manhã, tarde e noite. Como meu trabalho- uma humilde bolsa que tanto estimava me faz falta! O cheiro de gente desconhecida, a troca de conhecimentos, uma conversa à toa, a hora da merenda, a prestação de informações...tudo isso fazia parte de um cotidiano que de uma hora para outra me foi abruptamente cortado. Meu corpo e minha mente não aguentam ficar parados, pois gosto de ser útil à sociedade em algum aspecto. Ando me sentindo uma parasita social, inerte, inerte.

Isso é tão valorizado quando perdemos! Se bem que eu sempre dei o devido valor. Amava de paixão o que fazia. A bolsa, as vendas na hora da merenda- cheia de roscas de queijo, brownies e docinhos, a correria...Sou do tipo de pessoa que vive sob pressão! Seja do tempo, do espaço...é um prazer estranho, mas me preenche as lacunas da vida. Não digo que estou desocupada no momento, visto que vivo cercada de leituras, de orações, de pessoas que realmente se preocupam comigo, mas falta um quê de saudável adrenalina, a do trabalho em meio a papeis, computadores e pessoas. Isso, gente! Não consigo me imaginar trabalhando sem ser com o público. É uma excelente experiência! Até das pessoas mais abusadas- aquelas que só buscam o de que precisam e nem dão um bom dia- eu sinto falta.

O trabalho realmente dignifica o homem, é uma forma de amar, de realizar-se e ainda de se manter. Não entendo as pessoas que vão trabalhar de cara feia, cheia de má vontade se é tão enobrecedor. É uma forma de crescimento intelectual e financeiro exigindo, muitas vezes, dotes equilibristas para a manutenção das necessidades vitais, mas com fé e trabalho infinitas e inesperadas façanhas são atingidas.

Não vejo o momento de conseguir um novo ofício. Sei que no tempo certo lograrei meu tão esperado posto. Trabalharei com a fome da mudança, pelo menos no que estiver ao meu alcance. Por enquanto, vou vivendo na minha caverna platoniana, esperando a oportunidade para ir em direção à luz e desbravar novos caminhos. Tenho a certeza de que voltarei ainda mais confiante e fortalecida. Agi como uma das musas imprudentes que não compraram o querosene- só levaram a lamparina- para a chegada do noivo. Desta vez estou estocando o querosene e a comida para não mais errar por insensatez. Meu noivo (as oportunidades) virá ainda melhor preparado.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

TEMPO DE ESPERAS

Meu fim de semana foi repleto de leituras. Isso! Voltei ao mais saudável dos atos de outrora, visto que, ultimamente, o universo mágico da euforia me rondava, mas do conto de fadas voltei para a realidade e vi que o proveitoso seria jorrar minha eterna curiosidade em meios literários. Andei vagando pelos longos caminhos da minha mente procurando alguma leitura que me deixasse grudada ao livro, que me fizesse esquecer do tempo. Achei entre autores e autores um que logo me chamou atenção: Tempo de esperas. O título faz jus a minha vida atual em que vivo nas longas esperas sejam elas físicas ou mentais.

 O que me surpreendeu foi primeiramente o fato de o livro ser construído pelo "aglomerado" de cartas. A história tem como personagens centrais Abner, o professor renomado de Filosofia que abandona o cargo para viver em um lugar bucólico e longe das "glórias" enaltecedoras do ego e o inquieto e sedento por respostas aluno do curso de Filosofia, Alfredo. A personagem quase que onírica na presença "física" é Clara, a responsável pelos desgostos amorosos do discípulo.

Alfredo dá início aos grandes questionamentos missivistas com um grande pesar amoroso: não se conformava que a amada Clara tivesse partido com um "simples" florista. Ele não compreendia tal façanha dada a grande conexão entre os dois jovens. Ele resolve pedir ajuda ao mestre oculto pelas palavras na esperança de encontrar uma resposta prática para o abandono. Queria também, dada sua sede por conhecimentos, ter acesso aos escritos de um livro por lançar do grande mestre. Abner, por sua vez, mostra-se um tanto assustado com a rispidez do jovem, com as palavras tão cheias de amarguras. Vai tecendo uma rede de conhecimentos de mundo que raramente se encontram em livros, metaforiza os acontecimentos corriqueiros com parábolas.

 Em algumas vezes me senti Alfredo com relação ao modo de buscar muitas respostas e de "sofrer de juventude", mas na maior parte me identifiquei com o Abner nos pensamentos sensatos e na maneira simples de contemplar a vida. Foi um livro que realmente me emocionou! Não falo isso porque foi escrito por um padre- por eu ser Católica- mas pela leveza da narrativa e pelos exemplos ofertados. Até quem não segue nenhuma religião ficará bem à vontade com a leitura, mesmo que seja na curiosidade de ver o interessante jogo de palavras.

 As explicações de Abner sobre o amor são sublimes!Ele nos fala que muitas vezes damos importância suprema ao que o outro representa em nossa vida. É como tivéssemos aprisionados ao presente sem uma perspectiva futura. O outro é como o chão, se for subtraído nos derruba, ficamos órfãos. Quando carentes deste sentimento nossa existência é vã, mas Abner, sabiamente, pede que Alfredo usufrua dessa ausência fazendo crescer um jardim interior, pois o sofrimento nos fortifica.

 O final do livro traz uma grata surpresa! A leitura é fácil, rápida e instigante. Padre Fábio é um grande sábio dos dias atuais! Em breve leio todos os livros por ele publicados, pois um impulsiona o outro. Realmente emocionada! Só este livro valeu por todas as leituras do ano. Esse padre conseguiu "retirar" as mais presas lágrimas do meu ser. Deveria se transformar em um filme!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Volta turbulenta

Como imaginaria na volta de um passeio tão sonhado passar por tantos incovenientes! Diferente da ida, o tempo estava ensolarado com temperatura semelhante à Fortaleza, mas com a umidade mais baixa. Pensei que estaria pronta para enfrentar as intermináveis sete horas presas naquela cápsula voante em meio a tantas e fatigáveis escalas.

 Na chegada ao aeroportos sempre vou com antecedência absurda- tive a infeliz ideia de trocar os assentos da asa pelos últimos. Como o voo estava quase totalmente lotado, uma vez feita a escolha dê tchau ao antigo lugar. As últimas poltronas são terríveis, pois não declinam, ficam perto do banheiro, a saída é mais complicada e balança por demais. Quero deixar minha admiração registrada a todos os comissários de bordo que por pouco dinheiro se submetem a uma vida estafante e cheia de incertezas, dificultando um crescimento profissional devido a louca escala laboral. Minha mamis logo no primeiro trecho começou a ficar nervosa com o "embalo" da aeronave e eu, discretamente, tive leves enjoos.

 O comissário nos trocou de lugar avisando que isso seria temporário, visto que na próxima escala deveríamos nos submetermos à disponibilidade de lugares. Os enjoos melhoraram e a calma, não absoluta, claro, retornou, pois os balanços nas poltronas do meio são mais discretos. A cada escala tínhamos que esperar a acomodação geral para sentarmos na zona de " privilégio ". Minha mãe afirmava veementemente que não retornaria à "cozinha" kkkk como ela denominou os "derradeiros" assentos. Graças as gentilezas- isso mesmo! Ainda existem pessoas caridosas- ficamos nos lugares desejados durante todo o voo. Apesar do tempo bom, o piloto infelizmente, nos afirmava que passávamos por áreas de turbulência. Mamis ficava ultra tensa e comecei novamente com os enjoos, agora mais fortes.

 Pedi o temível saquinho branco para eventualidades, mas a volta parecia não ter fim. Nunca me senti tão mal. A culpa não foi somente das turbulências, mas da minha errônea alimentação durante a viagem. Fiz uma misturada danada não respeitando os limites do meu sensível estômago "empurrando" carnes, molhos, batatas fritas, chocolates, vinhos e gordurosos queijos dentre outras iguarias. Esqueci-me de que o estômago não é um barreiro em que simplesmente se joga comida sem uma prévia seleção. Isso me custou caro. Agradeço a Deus ter dado tempo de o pior acontecer em minha terra natal, lugar em que de certa forma me sinto um pouco mais segura. Na madrugada, uma enxurrada de vômito e diarreia acompanhou minha intranquila noite. Acho que já estava colocando até minha alma para fora.

No raiar da manhã, aos prantos meu benzinho se desespera. Em meio às dores ainda tive que acalmá-lá. Ao hospital fui levada para me hidratar com soro. Na falta do caseiro, me empurraram uma gororoba insuportável de gosto de tuti-frutti. Ecaaaa! Na volta, passei o dia inteiro deitada como uma morta viva, ingerindo as mais terríveis receitas hospitalares somadas a remédios infindáveis. O passeio em si foi bom, mas, como dizem, a volta do piquenique é que foi drástica. Não penso tão cedo em viajar para longe, ou seja, Europa querida, seus planos estão abortados.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Lounge

Desbravando terras desconhecidas humnm cheirinho de novo, nova cultura. Senti logo uma paz, pois como é bom se sentir anônima em um lugar onde não há nenhum conhecido! Posso relaxar mais, correr feito criança, rir de tudo... Terras longevas sempre são um aconchego para o meu sofrido coração. Frio e mais frio seja de dia ou de noite...até geando está. Amo o diferente. É tão bom sair da rotina maquinal. Se as condições pecuniárias fossem mais "largas" elas se dariam com maior frequência! Mas com calma se vai ao longe! Todo o processo me faz bem, a começar dos preparativos, da correria, da decolagem do avião... Emocionante. Cada vez que viajo por esse transporte sinto um grande contentamento que sempre parece ser a primeira vez.Turistar, bater fotos, respirar novos ares, provar novos sabores é sensacional!

Confissão

Só Deus em Sua infinita misericórdia sabe por quantas e penosas provações tenho passado, mas, como católica praticante, ofereço todas as minhas dores a Ele, pois se Ele me faz passar por tudo isso é porque sabe que eu aguento carregar a cruz. Às vezes, como humana que sou, fraquejo na fé, mas quando me lembro de todos os sacrifícios que o Senhor fez por mim volto ao Seu colo. Meu Deus e meu tudo, perdoa essa filha de alma tão pequenina que, muitas vezes, peca na inocência, tentando sempre fazer o melhor em prol de meus irmãos.

 Não permita que eu fira o coração de ninguém, principalmente o Seu. Almejo uma sociedade mais fraterna em que todos vivam em comunhão. Sara minhas mais profundas tristezas, aquelas que não consigo por mim mesma curar. O Senhor é meu caminho, minha direção espiritual. Nada faço sem o Seu consentimento. Se a santidade for a minha missão nesta passagem que eu vá em busca dela. Entrego a minha vida, faz-me de instrumento. Pelos que magoei de alguma forma, perdão! Se, às vezes, minhas palavras foram cruéis que o sangue de Cristo renove o ânimo dos injuriados.

 Estou vivendo um momento introspectivo, tentando ao máximo praticar o silêncio e algumas penitências para renovar meu tudo espírito. Isolo-me do mundo para me acercar do meu tudo, meu pai, esposo e amigo. Julguem-me por louca, mas a voz terrena não me abalará. Em alguns momentos na vida precisamos ser radicais, mesmo que isso seja doloroso. Graças ao Senhor agosto passou! Não quero ser supersticiosa, mas meus agostos são sempre tão carregados de energias negativas! Os 31 dias encarados são uma verdadeira provação. Nesse mês doenças, tristezas, problemas familiares e rompimentos rodam-me. Dou glória a setembro, o mês da santa palavra! Ofereço privações alimentares em prol de uma vida cheia de paz e saúde. Alimentar-me-ei do Seu espírito, pois o alimento terreno não sacia a minha fome.

 Dai-me o dom da eloquência, Mestre, para que eu leve Seus ensinamentos aos mais necessitados. Não permita que eu julgue a atitude dos meus irmãos, mas que eu Lhe entregue tudo, inclusive as ofensas. Não deixe que os elogios proferidos me façam engrandecer na vaidade, pelo contrário, que tudo me leve ao caminho da humildade.

Cura todas as feridas do corpo e da alma! Mestre, acompanha-me sempre e se eu cair me ajude a levantar. Dai-me força também para erguer os que de mim precisarem. Só o Senhor compreende todas as loucas sinapses cerebrais que, muitas vezes, me tiram o sono e me angustiam, mas o Senhor tem o poder de ordená-las com a unção do divino Espírito Santo. Derrama uma única gota do Seu sangue em mim, por favor! Nunca lhe pedi isso tão fervorosamente, pois minha alma, no momento, encontra-se incendiada.