quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Utopia do amor

Onde o romantismo mora? As relações hodiernas encontram-se meio que liquidificadas, em uma receita fácil que se der certo leva-se ao forno ou, do contrário, vai direto para o ralo. Ficar, pegar, dentre outros são os verbos da moda. A primeira coisa que associo a eles é como se o ser humano fosse algo descartável, um verdadeiro objeto de satisfação.

 Nos tempos da minha avó o namoro começava apenas com trocas de olhares. O beijar dos lábios era quase um pedido de casamento. O processo era lento, mas, uma vez verdadeiro, seria eterno. Acho que nasci nessa época e fui reencarnada atualmente, pois é a única explicação para meu modo "anti-moderno" (como dizem) de pensar. Dizer que eu sou do tempo das cavernas é até um elogio, visto que meu romantismo permanece o mesmo dos séculos passados e não há nada de mais valioso e lindo que um amor à moda antiga, uma serenata de frente ao quarto da amada, favor não confundir com as terríveis e cafonas loucuras de amor e um "Eu te amo" sincero ao pé do ouvido.

Nada de amores possessivos, o egocentrismo, pois o amor tem que ser libertador e respeitoso. Pode até propor mudanças no amado,se for para o bem dele, como se fosse uma casa que se mudasse a pintura ou a disposição dos móveis, mas a estrutura em si deverá permanecer. A essência deve ser a mesma. O outro vem para agregar valores sempre! Os amigos, a família e os o passado sempre virão no pacote. Jamais tente dissociá-lo, essa é a história incorporada, o legado.

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