domingo, 6 de setembro de 2015

Cuidar de outrem

Que a vida é repleta de solavancos isso ninguém pode negar, mas é preciso aprender a extrair o benéfico do caos. Pessoas também nos trazem decepções, principalmente quando nos entregarmos a elas com todos os nossos medos, sonhos...mas não é possível vivermos com leveza se não confiarmos no outro.

O amor exige toda essa entrega, mas, muitas vezes, o amado deve ser paciente para esperar o tempo do outro, pois há casos de feridas não cicatrizadas, de traumas de infância...Paciência para aguardar é o segredos. Infelizmente hoje é tudo muito fugaz "se você não me quiser tem outro a minha espera/ a fila anda/ quero tal 'prova de amor' agora". Essa imediatidade hodierna não nos permite aprofundar no íntimo do ser humano, conhecemos só o superficial, até onde nos agrada.

O romantismo é raro, pois o papel dele é fazer com que as pessoas permaneçam mais tempo com a gente deixando um perfume em nossa lembrança quando elas se forem. É saber deixar o Sol necessário para não queimar a rosa, é acariciar sem machucá-la, é cultivá-la no mais belo jardim da sinceridade. 

Amar não é proferir um montante de "eu te amo" mal empregados, para cumprir a obrigação perante o outro, não é gritar o sentimento para o mundo no intuito de mostrar que não está só, ao contrário, é um ato generoso, silencioso, é o cuidar do outro mesmo estando tudo em dificuldade, é ser forte diante das tentações, é, primordialmente, admirar a pessoa com que se convive, mesmo ciente de todos os defeitos que ela possui.

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