domingo, 11 de janeiro de 2015

GERAÇÃO GIGOLÔ

Sei que vou tocar em um tema espinhoso, mas de vez em quando temos que ser ousadas! Sempre digo que, em muitos aspectos, sou uma mulher à moda antiga. Chamem-me de “careta”, mas isso não me ofenderá.

Meu universo é o do cavalheirismo em que o homem é o provedor mor da casa, respeita a amada e que a conquista com uma verdadeira arte, um cortejo com direito a poesias e lágrimas. Como uma propaganda conhecida do rádio “seja um lorde na hora da conquista”- a diferença é que não restrinjo só a esse momento, mas amplio para a vida de convivência.

Fim do século XIX houve a revolução feminista, compreendo que foi necessária e que foi vantajosa em vários aspectos, mas, a partir dali, os homens se acomodariam demais, tratando as mulheres como meros “parceiros” e não como uma respeitável dama. Lógico que também devo ressaltar que nem toda mulher gosta de ser tratada com glamour, pois existem aquelas que adoram serem mal tratadas pelo parceiro, mas questão de gosto não se discute!

Estou me pronunciando por conta em risco sobre mulheres como eu, que acreditam que existe uma ínfima porcentagem de homens como antigamente, que corteja a amada com respeito e não traz consigo a modernidade de “rachar” as contas ou de um ordinário revezamento. Não se trata de interesse, mas de gentileza. Não penso que a mulher deva ficar em casa, sem trabalhar, sob as ordens do marido; mas que lute para ganhar a independência financeira para comprar os “supérfluos” e pagar suas contas básicas, mas daí a pagar com “igualdade” não!

Sou do tipo que deixo claro meu pensamento logo no primeiro encontro. Isso pode afastar “uma boa pessoa”, mas se o rapaz quiser seguir em frente não pode dizer que foi enganado! O que muitos fazem? Pensam que eu vou mudar com o decorrer do relacionamento, ledo engano! O desgaste é pior que tudo. Tenham em mente que ninguém muda ninguém, se engana quem pensa o contrário! Se todos fossem verdadeiros como eu como seria tudo diferente!

O que acho pior? Que muitas mulheres vão achando justo pagar metade um dia, depois vão pagando o valor integral e, por último, já sustentam os “marmanjos” com  uma naturalidade ímpar e com uma pena dos pobres coitados. E eles até comentam com os amigos que não há necessidade de trabalhar, pois a “besta” faz isso por eles, que eles estão cansados e querem mais é descansar... Se for para dividir prefiro morar com um amigo e não com um homem!

O feminismo, por exemplo, impulsionou a maior liberdade feminina, concedendo, por exemplo, o direito do divórcio, algo inadmissível até então, mas não quer dizer que a mulher passou a ser um “homem de saia”... Nem vou adentrar tanto no assunto senão fico a escrever infinitamente, mas meu ponto de vista é certo: numa saída, seja pela enésima vez, entre um casal, é o homem quem paga!

Um dia desses, com meus milhares empreendimentos, um velho conhecido apareceu e ficou me “rondando”. Pensei “essa alma quer reza”! Ficou conversando comigo por um tempo e depois perguntou para onde eu iria, pois ele queria uma carona. Cara de pau!!! Usou o diálogo como um pretexto para ir de carro- pensando ele que eu tivesse um! O infeliz voltou com o “rabo entre as pernas” quando soube que faria o trajeto de ônibus. É isso que eu digo, geração gigolô de cafetões travestidos de boa gente.

Quero alguém que some e não que divida ou que diminua! Dividir pra mim só emoções- nada de financeiro envolvido. A liberdade de expressão serve para ratificar as diversas formas de expor os pensamentos.

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