Sei que vou
tocar em um tema espinhoso, mas de vez em quando temos que ser ousadas! Sempre
digo que, em muitos aspectos, sou uma mulher à moda antiga. Chamem-me de “careta”,
mas isso não me ofenderá.
Meu universo é o
do cavalheirismo em que o homem é o provedor mor da casa, respeita a amada e
que a conquista com uma verdadeira arte, um cortejo com direito a poesias e
lágrimas. Como uma propaganda conhecida do rádio “seja um lorde na hora da
conquista”- a diferença é que não restrinjo só a esse momento, mas amplio para
a vida de convivência.
Fim do século
XIX houve a revolução feminista, compreendo que foi necessária e que foi vantajosa
em vários aspectos, mas, a partir dali, os homens se acomodariam demais,
tratando as mulheres como meros “parceiros” e não como uma respeitável dama.
Lógico que também devo ressaltar que nem toda mulher gosta de ser tratada com
glamour, pois existem aquelas que adoram serem mal tratadas pelo parceiro, mas
questão de gosto não se discute!
Estou me
pronunciando por conta em risco sobre mulheres como eu, que acreditam que
existe uma ínfima porcentagem de homens como antigamente, que corteja a amada
com respeito e não traz consigo a modernidade de “rachar” as contas ou de um
ordinário revezamento. Não se trata de interesse, mas de gentileza. Não penso
que a mulher deva ficar em casa, sem trabalhar, sob as ordens do marido; mas
que lute para ganhar a independência financeira para comprar os “supérfluos” e pagar
suas contas básicas, mas daí a pagar com “igualdade” não!
Sou do tipo que
deixo claro meu pensamento logo no primeiro encontro. Isso pode afastar “uma
boa pessoa”, mas se o rapaz quiser seguir em frente não pode dizer que foi
enganado! O que muitos fazem? Pensam que eu vou mudar com o decorrer do
relacionamento, ledo engano! O desgaste é pior que tudo. Tenham em mente que
ninguém muda ninguém, se engana quem pensa o contrário! Se todos fossem
verdadeiros como eu como seria tudo diferente!
O que acho pior?
Que muitas mulheres vão achando justo pagar metade um dia, depois vão pagando o
valor integral e, por último, já sustentam os “marmanjos” com uma naturalidade ímpar e com uma pena dos
pobres coitados. E eles até comentam com os amigos que não há necessidade de
trabalhar, pois a “besta” faz isso por eles, que eles estão cansados e querem
mais é descansar... Se for para dividir prefiro morar com um amigo e não com um
homem!
O feminismo, por
exemplo, impulsionou a maior liberdade feminina, concedendo, por exemplo, o
direito do divórcio, algo inadmissível até então, mas não quer dizer que a
mulher passou a ser um “homem de saia”... Nem vou adentrar tanto no assunto
senão fico a escrever infinitamente, mas meu ponto de vista é certo: numa
saída, seja pela enésima vez, entre um casal, é o homem quem paga!
Um dia desses,
com meus milhares empreendimentos, um velho conhecido apareceu e ficou me “rondando”.
Pensei “essa alma quer reza”! Ficou conversando comigo por um tempo e depois
perguntou para onde eu iria, pois ele queria uma carona. Cara de pau!!! Usou o
diálogo como um pretexto para ir de carro- pensando ele que eu tivesse um! O
infeliz voltou com o “rabo entre as pernas” quando soube que faria o trajeto de
ônibus. É isso que eu digo, geração gigolô de cafetões travestidos de boa
gente.